Precisamos falar sobre a infertilidade masculina

A medicina reprodutiva também tem obtido inúmeros avanços tecnológicos nos últimos anos. E a infertilidade masculina é um dos problemas que tem se beneficiado diretamente desses avanços. É preciso compreender, porém, que a infertilidade conjugal é caracterizada apenas após 06 meses de tentativas de gestação, sem uso de nenhum método anticoncepcional.

Estimativas apontam que entre 10% a 20% dos casais em idade reprodutiva têm que lidar com problemas de infertilidade, independente de origens sociais ou étnicas. E os homens são os únicos responsáveis por essa infertilidade em 30% dos casos.

Por isso, quando um casal apresenta dificuldades em engravidar, é preciso que os dois passem por uma avaliação, o homem com o urologista e a mulher com a ajuda de um ginecologista.

Produção de espermatozoides

Dois hormônios são essenciais para a fertilidade e sexualidade masculina: o FSH e o LH, ambos produzidos pela hipófise. Enquanto o FSH vai estimular a produção de espermatozoides, o LH tem a função de estimular a produção de testosterona. Quando há um equilíbrio entre esses dois hormônios, então teremos espermatozoides normais e níveis de testosterona adequados.

A produção de espermatozoide acontece em uma estrutura testicular chamada de túbulo seminífero. Após a maturação ocorrido no epidídimo, ele se mistura no liquido espermático proveniente da vesícula seminal e próstata. Todo esse ejaculado é depositado na uretra posterior momentos antes da ejaculação.   

Causas e fatores de risco

Quando falamos da infertilidade do casal, existem muitos fatores que podem causar o problema, como: história prévia de gravidez, métodos contraceptivos usados no passado, idade do casal e o período correto para a concepção no ciclo menstrual feminino.

Em se tratando do melhor momento para engravidar, o casal deve manter relação sexual a cada dois dias no período ovulatório e peri-ovulatório. Isso ajuda a garantir que os espermatozoides estejam nas tubas uterinas durante a passagem do ovócito.

Se o assunto é infertilidade masculina, algumas das causas podem ser:

  • Disfunções hormonais;
  • Varicocele;
  • Processos infecciosos;
  • Torção testicular, que pode resultar em isquemia do testículo afetado;
  • História prévia de trauma testicular;
  • Orquite (inflamação no testículo) pós-caxumba;
  • Alterações genéticas;
  • Pacientes com câncer testicular, cujo tratamento foi quimioterapia, radioterapia, cirurgia retroperitoneal ou uma combinação dessas técnicas;
  • Cirurgias vesicais, pélvicas e transuretrais.
  • Outras

Dentre os fatores de risco, temos:

  • Tabagismo;
  • Alcoolismo;
  • Exposição ao cádmio, chumbo e manganês;
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Exposição ocupacional a gonodotoxinas (tipo de pesticida);
  • Exposição ao calor intenso durante o trabalho;
  • Uso frequente de saunas e banheiras com água quente;
  • Doenças como diabetes e câncer e seus tratamento.

Diagnóstico

O diagnóstico da infertilidade masculina acontece com a solicitação de alguns exames laboratoriais pelo urologista. São necessários dois exames de espermograma, com um intervalo de 15 dias. Esse exame vai avaliar o volume de sêmen, o número, a concentração, a movimentação e a forma dos espermatozoides. Ele também vai apontar se há algum tipo de inflamação.

O urologista pode solicitar também o exame de doppler dos testículos e a dosagem dos hormônios envolvidos com a função testicular, como FSH, LH, testosterona total e prolactina.

Evolução no tratamento

Como já dissemos anteriormente, as novas tecnologias têm ajudado muito na evolução dos tratamentos da infertilidade masculina. O urologista precisa identificar a causa da infertilidade para, em seguida, apontar o tratamento adequado para cada caso.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, existem causas de infertilidade masculina idiopáticas.

As novas tecnologias trouxeram também uma evolução nos métodos de reprodução assistida e a fertilização in vitro.

Fertilização in vitro: o espermatozoide é colocado em contato com o óvulo e após a fecundação, ele é transferido para o útero.

ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide): o espermatozoide é introduzido no óvulo e, após a fertilização, e evolução do embrião, ele é transferido para o útero.

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