Infecção por HPV: vacinação é fundamental

O tema é corriqueiro nas consultas de ginecologia e, embora com menor incidência, também merece atenção nas clínicas de urologia. A infecção por HPV, o papilomavírus humano, é preocupante porque pode gerar lesões precursoras de tumores malignos. Neste caso, o melhor caminho é a prevenção. Nos postos de saúde, já existe vacina contra o HPV disponível para a população masculina entre 9 e 40 anos. Antes, a imunização na rede pública estava restrita ao público feminino.

O HPV é o nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes. Altamente contagioso, o vírus pode provocar a formação de verrugas, facilitando o diagnóstico, mas também há possibilidade de surgirem lesões microscópicas nas regiões oral, anal e genital. A transmissão ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente pela via sexual.

A maior prevalência é observada na África, México e América Central. No Brasil, o Ministério da Saúde registra, a cada ano, 137 mil novos casos de infecção por HPV. Muitas pessoas portadoras do vírus são assintomáticas e não sabem que estão infectadas, mas podem transmiti-lo.

Fatores de risco e dignóstico

Atividade sexual promíscua é o principal fator de risco para a infecção por HPV. Indivíduos em situação de imunossupressão também são mais suscetíveis. Por isso, no consultório médico, o paciente deve ser questionado sobre o número de parceiros sexuais, tipos de práticas sexuais e a ocorrência de DSTs no passado. Também é essencial realizar uma avaliação física detalhada dos genitais e da região perianal.

Se nas mulheres o exame indicado para detectar lesões microscópicas é a colposcopia, nos homens é a genitoscopia, que avalia pênis, uretra, escroto, púbis, região inguinal e região perineal. Exames de captura híbrida e anatomia patológica complementam o diagnóstico, em caso de lesões suspeitas. O tratamento é a cauterização ou ressecção cirúrgica.

Quando a preocupação cresce

Em quase 100% dos casos de surgimento de verrugas em função do HPV, o tipo de vírus causador é de baixo risco. Entretanto, quando se trata de lesões de alto risco oncogênico, é preciso tratar e ficar vigilante, porque elas são precursoras de câncer, especialmente de pênis. A ocorrência das alterações celulares para a transformação em células cancerígenas pode levar de 10 a 15 anos.

Os riscos gerados pela infecção por HPV reforçam a importância da vacinação da população masculina. Novos estudos sobre o diagnóstico, tratamento e prevenção das infecções genitais nos homens, realizados em centros de referência e com o apoio da Sociedade Brasileira de Urologia, já evidenciam a importância da imunização contra HPV para a melhora da saúde da população do Brasil.

Confira 6 boas recomendações

  • O uso do preservativo é medida indispensável não só contra a infecção pelo HPV, mas como prevenção para todas as outras DSTs.
  • O HPV pode ser transmitido pelo sexo oral, portanto, não esqueça de usar o preservativo também quando optar por esta prática sexual.
  • Faça sempre uma boa higienização da área genital.
  • Multiplicidade de parceiros implica em eventuais riscos que exigem maiores cuidados preventivos.
  • Informe o/a parceiro/a se o resultado de seu exame para HPV for positivo. Ambos precisam de tratamento.
  • Consulte regularmente o urologista e faça os exames indicados a partir do início da vida sexual. Nunca se descuide! Diagnóstico e tratamento precoces sempre facilitam a vida do paciente.

Compartilhe essa postagem!

Facebook
Twitter
WhatsApp

Procurando atendimento urológico em Salvador?

Conheça a clínica de urologia referência em Salvador, Bahia.