Doença de Peyronie é hereditária?

A doença de Peyronie é um problema masculino que deve ser tratado com seriedade. Ela costuma se manifestar em homens com mais de 50 anos, mas também há casos eventuais em que ela atinge homens mais jovens.

O problema é caracterizado principalmente pelo desenvolvimento de uma placa fibrótica ou de um nódulo que surge em uma estrutura dos corpos cavernosos do pênis chamada de túnica albugínea. Essa placa ou nódulo comprometem a elasticidade da túnica albugínea e impedem que os corpos cavernosos se expandam normalmente, dificultando a ereção.

Esse distúrbio provoca também distorções na forma e na inclinação do pênis. Na maioria dos casos, a doença de Peyronie desaparece com o uso dos medicamentos corretos ou, em alguns casos, pode desaparecer espontaneamente. A cirurgia para corrigir o desvio é recomendada em menos da metade dos casos.

Túnica albugínea

Para entender como a doença se manifesta é preciso antes conhecer a estrutura peniana chamada de túnica albugínea. Ela é caracterizada por um tecido elástico, que envolve os chamados corpos cavernosos do pênis. São esses corpos que se enchem de sangue e permitem a ereção masculina em um momento de excitação.

Por causa do nódulo que se forma na doença de Peyronie, a túnica albugínea não consegue se distender no lugar onde acontece a fibrose e, consequentemente, há a curvatura do pênis.

Causa desconhecida

Apesar dos relatos sobre a doença não serem tão recentes, as informações sobre suas causas ainda são desconhecidas. O que se sabe é que o seu surgimento pode ter relação com algum traumatismo ocorrido durante a relação sexual. Porém, há muitos pacientes que desenvolvem a doença mesmo sem qualquer traumatismo na região.

Também não se sabe se o problema é genético. Estimativas apontam, contudo, que a incidência de casos da doença de Peyronie é maior em homens da mesma família. Entretanto, essa hipótese ainda não foi comprovada.

Tratamento

Para 20% dos portadores da doença, as placas desaparecem espontaneamente, sem a necessidade de qualquer tipo de medicamento. Esse desaparecimento pode demorar de um ano e meio a dois anos.

A cirurgia é indicada apenas depois de dois anos de evolução da doença e mesmo assim só nos casos em que a curvatura do pênis prejudica a atividade sexual. Para a cirurgia, é realizada a aplicação de uma anestesia geral ou de bloqueio peridual ou raquidiano. Os procedimentos cirúrgicos resultam em sucesso em 90% dos casos, corrigindo o desvio peniano sem comprometer a capacidade de ereção do paciente.

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