Disfunção erétil tem abordagem multifatorial

Para o bem da população masculina, o que já foi tabu não é mais. A disfunção erétil – ou impotência sexual – é a segunda causa da procura dos homens pelo consultório urológico, atrás apenas dos problemas de próstata ou detecção precoce ao câncer. Isto significa que houve grande evolução: ao deixar de esconder a questão, por vergonha ou sentimento de inferioridade, os homens procuram ajuda e descobrem que a impotência tem, sim, tratamento.

Durante muito tempo, tratar a disfunção erétil envolvia procedimentos invasivos como injeções no pênis e mecanismos que funcionavam por vácuo. Hoje há alternativas muito mais simples e eficientes até se chegar à cirurgia para implante de prótese peniana, o último – e o mais caro – recurso para tratar a impotência. A evolução, em termos da qualidade de vida, é muito grande.

São muitos os fatores que levam à dificuldade de ereção. Na maioria dos casos, envolve problemas vasculares, neurológicos, hormonais, qualidade dos corpos cavernosos, psicológicos e até psiquiátricos. Homens deprimidos poderão ter que receber medicamentos específicos, assim como os que têm deficiência de testosterona devem fazer a reposição hormonal. Neste artigo, vamos explicar como a ereção ocorre e o que é possível fazer para facilitá-la.

 

Uma questão de irrigação

No pênis, há duas estruturas cilíndricas, amplamente vascularizadas, chamadas de corpos cavernosos. Quando ocorre um estímulo sexual, o fluxo sanguíneo para estas estruturas aumenta, fazendo o pênis crescer e causando a compressão das veias emissárias. Este mecanismo acarreta a retenção de sangue nos corpos cavernosos, mantendo a ereção, que só é interrompida quando acaba o estímulo sexual ou há um orgasmo. Assim, os corpos cavernosos se esvaziam e o pênis volta a ficar flácido.

Diversas mudanças comportamentais são indicadas ao paciente que vai o consultório com queixa de dificuldade de ereção. Devemos ter em mente que o melhor caminho a seguir é manter hábitos de vida saudáveis. Na maioria das vezes, doenças associadas à disfunção erétil, como hipertensão, diabetes ou colesterol muito elevado, são passíveis de controle e tratamento. Ter atividade física regular, combater o estresse, evitar consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, além de manter uma alimentação regrada e saudável são as chaves da prevenção.

 

A revolução do Viagra

Ao longo da história, o tratamento da impotência sexual se restringiu a injeções no pênis ou outros métodos invasivos como o implante de prótese peniana. Desde o final da década de 1990, entretanto, há uma opção simples, cômoda e bem mais barata para a disfunção erétil: as drogas inibidoras da Fosfodiesterase Tipo 5 (PDE-5), conhecidas comercialmente como Viagra, Cialis e Levitra.

Quando o Viagra chegou ao mercado, em 1998, representou um ganho importante em qualidade de vida, devolvendo a funcionalidade a homens que sofriam com a disfunção erétil. Foi um imenso avanço, mas não se compara ao surgimento da pílula anticoncepcional, nos anos 1960, que não só emancipou a mulher como também a integrou ao mercado de trabalho. Ou seja, além do salto na qualidade de vida, a pílula garantiu independência econômica à grande parte da população feminina.

 

Como atuam as novas drogas

Este tipo de medicamento contra a impotência prolonga a ação do óxido nítrico, substância que relaxa a musculatura lisa presente na parede dos vasos dos  corpos cavernosos, facilitando a entrada de sangue para manter o pênis ereto. A taxa de sucesso com o tratamento gira em torno de 70%, sendo mais alta em pacientes que têm apenas problemas psicológicos e mais baixa naqueles com diabetes mal controlado ou lesão dos nervos da pelve após cirurgia de próstata.

Não há diferenças relevantes entre a eficácia do Viagra, do Levitra e do Cialis – os dois últimos lançados em 2003. Há apenas algumas particularidades relacionadas ao Cialis. Ele tem efeito mais prolongado, que dura por até 36 horas, enquanto os dois primeiros têm ação garantida por até 4 horas. O medicamento pode ser ingerido próximo às refeições, enquanto Viagra e Levitra exigem intervalo de duas horas. Além disso, o Cialis tem a vantagem adicional de melhorar a micção.

 

 

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