Conheça as DSTs que mais crescem no período do Carnaval

O clima de festa e diversão do período do Carnaval faz com que muitas pessoas se descuidem da prevenção no momento das relações sexuais. Nessa época do ano, há uma intensificação de campanhas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), tendo como foco principalmente o público mais jovem que, segundo o Ministério da Saúde, é mais descuidado com o uso de preservativos.

Apesar de muita gente ter medo apenas de contrair o vírus HIV, causador da AIDS, outras DSTs também são comuns nessa época do ano. E o caso deve gerar preocupação. Os dados da Pesquisa de Comportamentos e Atitudes e Práticas mostra que apenas 56,6% dos jovens entre 15 e 24 anos usam camisinha com seus parceiros eventuais.

As campanhas do Ministério da Saúde nesse período momesco são focadas, principalmente, na prevenção contra o vírus HIV. Porém, as doenças que mais crescem estatisticamente durante o período são a gonorreia, sífilis e a herpes genital. Além disso, é preciso ficar atento também aos números de casos de HPV e das hepatites B e C.

Vamos conhecer um pouco sobre essas doenças, seus sintomas e formas de tratamento.

Gonorreia

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns aqui no Brasil, sendo bem comum o aumento de casos durante o período do Carnaval. Ela pode ser transmitida pelo sexo oral, vaginal ou anal.

Os principais sintomas da doença é um ardor ao urinar e um corrimento uretral,  que tem como característica a saída de um líquido esbranquiçado pela uretra.   Os sintomas podem aparecer em torno de 3 a 5 dias após a contaminação.

Um exame clínico é suficiente para chegar ao diagnóstico da doença. O médico também pode solicitar exames laboratoriais, como a análise de amostras da secreção. O tratamento ocorre por meio de antibióticos com duração de cerca de uma semana.

Caso não seja diagnosticada e tratada corretamente, a gonorreia pode causar complicações, como a infertilidade e, no caso das mulheres, a doença inflamatória pélvica.

Sífilis

Outra DST que é bastante comum no período do Carnaval é a sífilis. Ela é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida pela relação sexual sem camisinha e também da mãe para o bebê no período da gestação ou durante o parto.

A doença pode se manifestar em três estágios, caso não seja corretamente tratada. O primeiro estágio é o mais conhecido: o surgimento de uma ferida única na região genital. Nos homens, geralmente essa ferida aparece na glande ou no prepúcio do pênis. Essa ferida geralmente não possui secreção e tem a borda endurecida – conhecida como cancro duro ou úlcera genital.

Caso o tratamento não seja feito, ela pode evoluir para o segundo estágio, com o aparecimento de manchas no corpo. O terceiro estágio da infecção é caracterizado por lesões maiores na pele, podendo atingir o sistema nervoso e sistema cardiovascular.

O diagnóstico da sífilis é feito com um exame clínico, onde o médico identifica a úlcera como sintoma da doença. Também é pedido um exame de sangue específico para o diagnóstico da DST. Os sintomas podem aparecer entre 3 a 10 dias após a contaminação.

O tratamento para a doença também é bastante simples. Ele é feito com o benzetacil, sendo necessárias três doses do antibiótico num intervalo de 20 dias entre cada uma das doses.

Herpes genital

A herpes genital é caracterizada pelo surgimento de pequenas lesões na região genital, geralmente com o aparecimento de quatro a cinco vesículas, do tamanho de bolhas pequenas, que podem estourar e provocar dor. Ela é provocada por um grupo de vírus, que podem ser transmitidos durante a relação sexual sem preservativo ou com o contato direto com as lesões de uma pessoa infectada.

É importante ressaltar que a herpes não tem cura e os sintomas podem reaparecer durante a vida do paciente, mesmo após fazer o tratamento. O período de transmissão da doença acontece principalmente quando as feridas estão presentes, mas pode haver contagio também quando elas já estão cicatrizadas.

O tratamento é feito com antiviral. O período de encubação da doença – tempo entre a contaminação e a manifestação dos sintomas – é variável. Os sintomas podem aparecer com dois ou três dias após o contágio ou demorar 10 anos para se manifestarem. O tempo de encubação vai depender da resposta imunológica do paciente.

HPV

falamos recentemente em nosso blog sobre o HPV. A infecção por HPV, o papilomavírus humano, pode gerar lesões percussoras de tumores malignos. Altamente contagioso, o vírus pode causar a formação de verrugas, porém as lesões podem aparecer em tamanho microscópico nas regiões oral, anal e genital.

Nas mulheres o exame indicado para detectar lesões microscópicas é a colposcopia, enquanto nos homens é a genitoscopia, que avalia pênis, uretra, escroto, púbis, região inguinal e região perineal. O médico pode solicitar também exames de captura híbrida e anatomia patológica, em caso de lesões suspeitas. O tratamento é a cauterização ou ressecção cirúrgica.

Prevenção é importante

Para evitar sofrer com qualquer uma das doenças citadas acima, é necessário atenção e cuidado durante com a prevenção. O principal meio de proteção é o uso do preservativo – masculino ou feminino – durante a relação sexual. O preservativo masculino é o mais popular, mas o feminino também é muito eficaz.

É importante lembrar que o uso do preservativo deve acontecer também durante o sexo oral, onde há risco de transmissão de doenças como a clamídia, gonorreia, HIV, HPV e das hepatites B e C. O risco de transmissão durante o sexo oral aumenta se a pessoa possui gengivite ou locais de sangramento na boca, considerados portas de entrada para as infecções.

Também é importante ficar atento ao diagnóstico precoce e ao tratamento, para evitar complicações com a doença ou a proliferação para outras pessoas. Por isso, consultas regulares ao urologista ou ginecologista são fundamentais para diagnosticar a presença de alguma DST e iniciar o tratamento adequado.

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