Casos de sífilis no Brasil ainda preocupam

Mesmo com as campanhas focadas na prevenção contra as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), o número de casos de sífilis no Brasil continua crescendo. E a população mais afetada são as mulheres, principalmente as negras e jovens, na faixa de 20 a 29 anos.

Esse grupo, inclusive, representa 14,4% de todas as pessoas infectadas com sífilis e em gestantes notificadas. Fazendo uma comparação por sexo, os homens de 20 a 29 anos representam 13,6% do total de casos notificados, enquanto nas mulheres esse índice é bem maior – chegando a 26,2%.

E esse aumento é explicado principalmente pelo relaxamento da população com o uso de preservativos, além das pessoas que param o tratamento da doença após o desaparecimento dos sintomas. Assim, a sífilis já é uma das DSTs mais recorrentes entre os jovens adultos, gestantes e idosos brasileiros.

Aumento em todos os cenários

Os dados do Boletim Epidemiológico da Sífilis-2018 apontaram para um aumento de casos da sífilis da proporção 44,1 para cada 100 mil habitantes, em 2016, para 58,1/100 mil em 2017.

Fazendo uma comparação com os dados de 2016, houve um aumento de 28,5% na taxa de detecção em gestantes, 16,4% nos casos de sífilis congênita e 3,8% na incidência de sífilis adquirida.

O número de óbitos em decorrência da sífilis congênita também sofreu aumento. Foram 195 casos em 2016, passando para 206 casos em 2017. O boletim anual de 2019 deve ser publicado apenas em novembro.

Diagnóstico precoce é essencial

O diagnóstico precoce é essencial para que o paciente tenha uma boa recuperação. Isso porque quando diagnosticada logo no início, o processo de cura da doença é mais rápido. O remédio mais indicado para o tratamento da doença é a penicilina.

E não é preciso aguardar o aparecimento dos sintomas para fazer os exames da doença – uma vez que ela pode ser assintomática. Testes rápidos para diagnóstico já foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde em unidades de saúde.

Caso o diagnóstico seja feito apenas na fase mais avançada da doença, é necessária a realização de um exame de líquor, onde haverá a verificação do comprometimento ou não do sistema nervoso do paciente.

Medo e desinformação

Os dois principais motivos para o aumento no número de casos de sífilis no Brasil ainda são os mesmos: medo e desinformação. A desinformação leva muitas pessoas a acreditarem que a sífilis não é mais um problema no Brasil e, assim, relaxam na prevenção da doença.

Já o medo retarda a busca do paciente ao médico para fazer o diagnóstico. Além disso, o paciente precisa ter a ciência de que o tratamento deve ser levado até o fim, caso contrário a doença pode recidir. E sem o conhecimento do retorno da doença, o paciente pode transmiti-la para outras pessoas, caso mantenha relações sexuais desprotegidas.

 

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