Câncer de bexiga é mais comum em homens

Mais comum em homens, o câncer de bexiga é uma patologia que pode ser considerada sorrateira, pois o seu único sintoma – o sangue na urina – pode ser confundido com outras enfermidades menos graves. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil teve 9.480 novos casos registrados no ano passado, sendo que 6.690 foram em pacientes do sexo masculino.

Quando a patologia se limita ao tecido de revestimento da bexiga é o que chamamos de câncer de bexiga superficial. Contudo, ele pode iniciar nas células de transição e se disseminar através do revestimento da bexiga, invadindo a parede muscular, contaminando  órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se em câncer invasivo.

Fatores de risco

O mais frequente fator de risco para o câncer de bexiga é o tabagismo.

Mas qual a relação entre tabagismo e tumor na bexiga? A gente explica. Quando inalamos as substâncias presentes no cigarro, elas seguem pela corrente sanguínea até chegar ao rim, onde serão filtradas. Porém, essa filtração não consegue eliminar todos os componentes químicos do cigarro da urina, o que vai contribuir para lesionar células da bexiga – onde a urina é armazenada. O alcoolismo também é outro fator de risco.

A exposição a diversos compostos químicos também gera um aumento nas chances de desenvolvimento da doença. Algumas dessas substâncias são: aminas aromáticas, benzeno, benzidina, cromo/cromatos, agrotóxico, HPA, óleos, petróleo, droga antineoplásica, 2-naftalina e 4-aminobifenil.

Poucos sintomas

O câncer de bexiga apresenta poucos sintomas, o que pode causar uma dificuldade inicial para chegar ao diagnóstico. Os dois sintomas mais conhecidos para a doença é o sangue na urina e a dor no momento da micção. Porém, em casos de estágios mais avançados da doença podem haver dores agudas no local e lesões à distância, principalmente para ossos, fígado e pulmões. 

Diagnóstico

Para chegar ao diagnóstico da doença, o urologista deve solicitar a realização de exames de imagem – como a tomografia computadorizada, ultrassom e a ressonância – e a endoscopia urinária. Durante a realização da citoscopia pode haver a retirada de células para biópsia.

A média de idade para o diagnóstico de tumores de bexiga é acima dos 70 anos. A partir dessa idade, muitos médicos evitam o tratamento tradicional com quimioterapia devido à idade avançada do paciente ou por condições clínicas associadas. Nesses casos, uma alternativa promissora é o tratamento do tumor com imunoterápicos.

Tratamento depende da evolução da doença

O tipo de tratamento solicitado para a patologia vai depender do grau de evolução da doença. Mas, normalmente, ele fica por conta da tríade, cirurgia, quimioterapia e imunoterapia.

Antes utilizada apenas em casos mais graves, a cirurgia passou a ser considerada uma opção de tratamento mais imediato, pois percebeu-se que o controle da patologia era mais eficaz após a mesma. A realização da cirurgia de forma tardia pode implicar na evolução do câncer de localizado para um tumor sistêmico, atingindo outros órgãos.

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