Dentre os tumores urológicos, o tumor de bexiga merece atenção especial por se tratar de lesão de elevado índice de morbimortalidade.

O tumor na bexiga fica localizado no urotélio, que é a camada mucosa que recobre o interior da bexiga e permanece enrugada quando ela está vazia. É um câncer mais comum no sexo masculino e que atinge principalmente pessoas brancas, acima dos 55 anos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é o nono tipo de câncer com maios incidência mundial. Ainda segundo o instituto, o Brasil apresentou 9.480 novos casos apenas no ano passado, sendo que 6.690 foram em pacientes do sexo masculino.

Fatores de risco e prevenção

Como já falei acima, a idade, o sexo e a raça da pessoa são alguns dos fatores de risco. Um homem branco e acima de 55 anos, por exemplo, tem maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer.

O tabagismo também pode aumentar as chances de uma pessoa desenvolver o câncer de bexiga. Segundo o INCA, esse fator está associado à doença em 50% a 70% dos casos. Assim, evitar o fumo e o tabagismo passivo é uma boa forma de prevenção.

Também é recomendável não se expor aos derivados do petróleo, como tintas, por exemplo. Isso porque muitos dos compostos químicos são fatores de risco. Assim, trabalhadores da agricultura, construção, extração de óleos e gorduras animais, siderurgia, mineração, trabalhadores de vários segmentos da indústria, cabeleireiros, maquinistas, motoristas de caminhão, pintor e tecelão são algumas das profissões que apresentam maior risco de desenvolver a doença.

Sintomas

Em sua fase inicial, o câncer de bexiga é assintomático. O sangue na urina pode aparecer, sendo o sinal mais frequente. Outros sintomas podem aparecer:

• Dor no hipogastro
• Frequência urinária alta

Diagnóstico do problema

O primeiro passo para se chegar ao diagnóstico do câncer de bexiga é através de uma avaliação das condições clínicas do paciente. É necessária também a realização de exames de urina e de imagem, como a tomografia computadorizada e a citoscopia. Durante a citoscopia pode haver retirada de células para biópsia.

Quanto antes houve um diagnóstico da doença, maior será a probabilidade de cura do câncer.

Tratamento

Existe mais de uma opção de tratamento para o câncer de bexiga e a escolha vai depender do grau de evolução da doença:

• Ressecção transuretral: quando o médico remove o tumor por via uretral. Acontece quando o tumor é superficial.
• Cistotectomia parcial: retirada de uma parte da bexiga.
• Cistotectomia radical: remoção completa da bexiga, com posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina.

Após a cirurgia, pode haver a necessidade de o paciente passar por algumas sessões de quimioterapia. Isso tem o objetivo de combater as células cancerosas que podem ter se soltado e, assim, evitar uma metástase. A radioterapia também pode ser solicitada, geralmente em casos específicos da doença.